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Ainda em processo de criação. Agradeço a paciência!

domingo, 9 de maio de 2010

Como tudo começou

Eu não me lembro qual foi a primeira vez em que vim para São Paulo.
Aliás, não faço a menor idéia.
Sei que tenho lembranças bem antigas de quando vínhamos todos para cá: mamãe, papai e irmã. Lembro-me de todas as vezes me desafiar: “Agora eu aprendo o caminho”. Mas esse dia nunca chegava, pois todas as vezes eram como se fossem a primeira.
Lembro-me de escutar alguns nomes mais comuns: Av. Paulista. Rebouças, Doutor Arnaldo, Brigadeiro...
Lembro da confusão inocente que fazia entre os tais Brigadeiros: Onde ficava a Luis Antonio? Era muito longe da Faria Lima?
Ainda assim havia o Glamour da avenida Europa.
Havia também o trauma das marginais.
Nomes. Palavras soltas. Palavras dispersas como estas que coloco agora para representar o que, até a minha maioridade, era simplesmente incapaz de associar ou unir dois pontos em São Paulo.
Até a minha maioridade, tinha como referência estações de metrô. Se o metrô chegasse a tal ponto, esta era a minha associação.
Mesmo assim... a admiração pela cidade não cessou ou diminuiu. Muito pelo contrário. Passei a achar graça e ver valor em cada descoberta de proximidade. Lembro-me como se fosse ontem o dia em que descobri que a Consolação era continuação da Rebouças.
O dia em que entendi que havia duas Faria Limas: a velha e a nova.
Era uma nova luz que se acendia dentro de mim lembrando daquela criancinha curiosa que tanto queria aprender como “chegar em São Paulo”.
Meu mapa mental evoluiu ao longo de todos esses anos. Ainda me considero um bebê quando se trata de conhecimento e experiência pelas ruas daqui.
Ando com meu Guia.
Ainda pergunto se há metrô perto ou não (“Old habbits die hard”).
Tenho o Google maps como um novo melhor amigo e, acima de tudo, zero vergonha na cara. Se percebo que estou chegando próxima ao status “Perdida”, encho meu peito com orgulho e pergunto: “Onde estou?”, “Para onde vou?”
As vezes acho que São Paulo tem mesmo essa habilidade: te faz pensar em questões existências meramente por ser mal sinalizada.
Torço para um dia encontrar uma vidente... uma cartomante, quiçá?! Fazer as perguntas acima procurando por direção e ter uma resposta para vida não seria nada de mal.
Consulta gratuita prum local onde o valor de serviços é altíssimo.
Um dia sei que ainda terei esta sorte.
Uma coisa é fato: Mesmo morando em SP há quase 6 anos, ainda não estou muito segura, certa ou confiante de onde estou ou pra onde vou. Só sei que, mesmo não tendo estas respostas, me sinto privilegiada de estar próxima a elas.

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